Jean Pimentel (Diário/ Arquivo)
Pelo menos 11 pré-candidatos
pretendem disputar a presidência da República nas eleições deste ano. No dia 7 de outubro, os eleitores irão às urnas para decidir quem deverá ser o próximo presidente. Se nenhum dos candidatos obtiver maioria, um segundo turno, com os dois mais votados, será realizado no dia 28 de outubro. O registro oficial das candidaturas só ocorrerá em agosto e até lá tudo pode ocorrer, como a desistência de concorrentes.
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O cenário atual ainda é uma incógnita por conta da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aparece como líder nas pesquisas. Condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Lula poderá não concorrer por causa da Lei da Ficha Limpa. Especialistas apontam o cenário de incerteza na disputa presidencial e a fragmentação das candidaturas como reflexo da crise política.
Para o professor de Teoria Social na Universidade Federal do Pampa (Unipampa) Guilherme Howes, o quadro atual lembra muito 1989. Ele prevê uma polarização, não mais entre PT e PSDB, mas entre esquerda e direita.
- É positivo porque está se defendendo princípios de mundo. É importante que os candidatos digam o que pensam - afirma o professor.
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A possibilidade Lula ficar fora da eleição presidencial como candidato também é considerada um fator para a pulverização de candidaturas.
- Lula ainda é o principal líder político popular do país e tem grande capacidade de transferir votos, mas está vivendo um momento muito delicado, pois a corrupção é um tema que, aos olhos da sociedade, é condenatório por natureza - aponta o cientista político José Carlos Martinez, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
- Os políticos estão acuados e trazem no discurso a tentativa de se fazer uma limpeza, e isso gera perguntas. Quem vai governar o Brasil? Quais são as alternativas para o país? Como é que se vai governar? Muitos dos candidatos vêm de partidos pequenos, e eles não têm maioria para governar depois - comenta o professor.